terça-feira, 30 de setembro de 2014

DIA 1 - OURO PRETO A CAMARGOS - 28 KM

ALTIMETRIA POR TRECHOS



Detalhes do Caminho

Ouro Preto - Alguns pontos turísticos:

  • Praça Tiradentes; Pq. Estadual do Itacolomi; Museu das Reduções; Museu da Inconfidência; Passeio Maria Fumaça; Igreja de São Francisco de Assis; Casa dos Contos; Igreja Ns. Sra. do Pilar; Ns. Sra. do Rosário; Centro Cultural e Turístico da Fiemg.

Ouro Preto a Mariana - o trecho é feito por estrada asfaltada, o que requer muita atenção. Neste trecho, passa-se pela Mina da Passagem - única mina de ouro do Brasil, aberta a visitação. A visita de 40 minutos tem o custo de R$ 26,00 para crianças e R$ 35,00 para o adulto. O local fica aberto entre 09h e 17h30. 



A cidade de Mariana tem um acervo riquíssimo das mais belas obras do barroco mineiro. 

Mariana a Camargos - Percurso por estrada de terra, em boas condições, cercada por grama e com um mar de morros em seu trecho inicial. Logo a mata fica mais densa e com árvores altas, deixando a estrada mais fechada e bonita. 

Camargos - devido a sua localização, tem uma vista de encher os olhos!
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Diário de Bike

Apesar da 'precariedade' do local, dormimos bem. Acordamos apenas às 8h, horário que havíamos programado no dia anterior. Após arrumarmos nossas tralhas, seguimos para dar uma sondada no café da manhã do hostel e decidimos arriscar comer por aqui mesmo. 



Combinei de encontrar Vera e José Marques às 09h, na praça Tiradentes. Meio atrasados, partimos em direção ao ponto de encontro e rapidamente ouvimos alguém nos chamar. 





Foi muito bom poder conhecê-los pessoalmente! Eles ficaram super preocupados por estarmos 'prontos', visto que achavam que partiríamos apenas a tarde. Mas disse a eles que se arrumassem com calma, pois ainda tínhamos algumas coisas para fazer. Nos despedimos, combinamos um horário, e seguimos em direção aos correios. (É claro que, para isso: desce, desce, desce, desce...) Como já sabíamos onde iriamos ficar em Diamantina, despachamos nossos mala-bike's via sedex, para o hostel, assim carregaríamos menos peso. 





O envio custou R$ 35,00, bem menos do que imaginávamos. Mercadoria despachada, seguimos para o Centro de Atendimento ao Turista, na praça Tiradentes, para pegar as credenciais. (É claro que, para isso: sobe, sobe, sobe, sobe...)




É necessário entregar 1 Kg de alimento não perecível, para a retirada dos passaportes. Por isso, passamos em um mercadinho e na sequência seguimos até lá. Tudo certo, passaportes em mãos, fotinho para registrar o primeiro carimbo do caminho. 




Quando fazia esta foto, fomos abordados por Kamila, uma polonesa que mora em São Paulo, ciclista e extremamente divertida. Ela nos perguntou o que estamos fazendo por aqui, para onde iríamos e começamos uma longa e boa proza com ela. Ela pratica triathlon e recentemente chegou em segundo lugar, em sua categoria. Depois de muita conversa, lhe dei o meu cartão e pedi para me add no facebook, para mantermos contato, o que ela fez mais tarde. Antes da despedida, aproveitamos para fazer uma foto com ela .




A seguir, fomos dar uma voltinha pela cidade e fazer umas fotos em alguns pontos turísticos. (E, para isso: sobe, sobe, sobe, sobe, desce, desce, desce, desce rsrs).


Igreja Nossa Sra, do Pilar - 1712 - considerada a mais rica do Brasil.
Estação Ferroviária - 1888
Igreja São Francisco de Assis 
Feira de Artesanato (a maioria produzido em Pedra Sabão)
Museu da Inconfidência - 1930
Praça Tiradentes 1894
É claro que haviam muitos outros lugares para ir, mas estava na hora de partir... não antes de comer um delicioso pão de queijo, é claro... 



E aqui começou oficialmente nossa Estrada Real...

Sempre que saio em expedição, dou uma sondada no blog de meu querido amigo Oswaldo Buzzo, pois ele já fez praticamente todos os caminhos que ainda pretendo fazer um dia. Suas informações são ricas em detalhes e histórias. Ele comentou que, antes de partir para o Caminho dos Diamantes, relembrou o poema "A Vida", de Augusto Branco:
"Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você não deveria passar!
Viva!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação
Abraçar a vida com paixão
Perder com classe
E vencer com ousadia
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E a vida é "muito" para ser insignificante.

Achei tão propício e confesso ter lembrado disso. É exatamente o que vamos fazer nos próximos dias: viver, ousar, perder, ganhar... nos sentir vivos!! 

Passamos novamente em frente a pousada onde dormimos e seguimos em frente, rumo a Mariana. 

Durante alguns quilômetros pedalamos em paralelepípedo. Ruas estreitas e alguns carros passavam por ali. Na sequência, a estrada ficou um pouco mais larga e no final de uma subida, não muito íngreme, chegamos a um mirante da cidade. Paramos para fazer mais algumas fotos.







Á partir daqui, uma longa estrada em asfalto nos levaria até nosso próximo destino. Longas descidas, paisagens e muito verde, faziam a pedalada muito tranquila! Chegamos rapidamente a Mina da Passagem, a maior mina de ouro desativada, aberta a visitação. 



O preço para entrarmos era R$ 35,00. Já havia ligado anteriormente e conversado com um responsável que me havia dito que para grupos, de no mínimo 10 pessoas, faria um preço melhor, R$  26,00 (semelhante ao preço para crianças). Estávamos em 7 pessoas. Cheguei na recepção e, com a maior cara de pau, disse: 'Liguei antes e conseguimos aquele desconto para grupos, por isso viemos.' A pessoa me olhou assustada e sequer confirmou minha informação, nos passando os ingressos de 'crianças' no valor de R$ 26,00 (hehe). Só faltava eu convencer a todos de fazer a visita, o que foi super simples. Logo, estávamos todos descendo num carrinho (semelhante a uma montanha russa, só que devagar), 120m abaixo da terra. 





O carrinho desce através de um sistema de cabos. Já na entrada do túnel, a temperatura fica bem fresca e agradável.



Recebemos uma bela explicação de como se deram os inícios das minerações por aqui, através dos ingleses. A guia, conforme nos contava, nos levava por entre as galerias e túneis, sempre apontando e demonstrando, fazendo com que a visita fosse interativa. Ao final do túnel, há uma gruta de água cristalina que é muito procurada por mergulhadores, devido a sua boa visibilidade. 









Na saída, ela nos mostrou como é feita uma 'garimpagem' e isso nos deixou de queixo caído. É necessário passar horas para se conseguir algumas gramas do metal precioso.




Carlão pediu para conhecer a oficina do local. Ele ficou impressionado com tornos e maquinário de 1.800, que ainda funcionam, e conseguiu um guia para explicar a função de cada uma delas, que nasceu praticamente na mesma época das máquinas...  depois de aguardarmos ele, uma meia hora, decidi entrar e interromper a maravilhosa explicação, afinal, precisávamos continuar nossa jornada. Obrigada meu querido e desculpe o mal jeito!




Rapidamente chegamos a cidade de Mariana. Seguimos para pegar nosso segundo carimbo, na Casa do Turista.




Seguimos então para a Sé, onde encontra-se o famoso Órgão da Sé, um instrumento, presente da coroa portuguesa, que encontra-se aqui desde 1753. Ele não pode ser fotografado, mas Verinha só descobriu isso depois de alguns clicks (hehe).





Estávamos com fome, mas já não era tão cedo, por isso, decidimos tentar achar um restaurante para ver se conseguíamos garimpar uma refeição. O lugar que encontramos já estava tipo 'fim de feira', mesmo assim, a comida estava muito boa!



O garçom, que também pedala, foi extremamente atencioso e conversou um bom tempo conosco, nos explicando tudo sobre o caminho que pegaríamos na sequência. Pedimos que saísse em nossa próxima foto. Ficou meio tortinha mas dá para ver a todos. 



Ao passarmos em frente a estação ferroviária, vimos o primeiro marco. Quanta emoção! Fizemos milhões de fotos. 




Daqui, seguimos sentido Camargos. As subidas começam a surgir e as paisagens também. Mas, para nossa tristeza, a sapatilha de Carlão também sentiu a subida e descolou o solado. Já ouvi dizer que, quando precisamos, sempre aparecem anjos em nosso caminho e foi exatamente nesta hora que surgiu um casal vindo em nossa direção, pedalando. Eles imediatamente pararam e se ofereceram para ajudar, levando Carlão a uma 'loja' que ainda nem abriu. Com muitas opções, dentro de uma garagem, Carlão conseguiu uma bela sapatilha a um ótimo preço. Valeu Carol e Lauro Rooke. 



Nós seguimos sem Carlão, pois sabíamos que ele poderia nos alcançar. 









Era difícil resistir a cada marco que surgia em nosso caminho.







Não havíamos nos enganado, Carlão nos alcançou muito antes do que imaginávamos. Chegamos a Camargos quando começava a escurecer. 




Perguntamos aos moradores onde localizava-se a pousada da Dona Dica e descobríamos que já havia passado. Voltamos um pouquinho e logo a encontramos. Conhecemos então, o querido Sr. Dario e Dica, em sua pousada, típica casa de vó e limpíssima. Ficamos em quartos separados e nos dividimos em dois banheiros. De forma muito carinhosa, eles nos aguardavam com um café da tarde e um bolo, sobre a mesa. Antes mesmo de tomarmos banho, sentamos todos e comemos nosso merecido café da tarde. 









Super atenciosos e preocupados, eles providenciaram que um bar bem próximo nos fizesse o jantar. Após lavar as roupas, tomamos um delicioso banho e seguimos para nosso jantar, desses assim bem caseiros.




E assim terminamos nosso primeiro dia perfeito, no Caminho dos Diamantes. 
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Reserva confirmada com Dona Cota - SUPER RECOMENDADO!

Fone - 31-3557-1752 / 9668-1752 
Rua do Cruzeiro - Chácara Camargos Pousada
R$ 50,00 - com café da manhã


https://www.facebook.com/pages/Ch%C3%A1cara-Camargos-Pousada-Camargos-Minas-Gerais/175245925914317
Fonte de pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Matriz_de_Nossa_Senhora_do_Pilar_(Ouro_Preto)
http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_mg_pontenova/ouropreto.htm
http://www.feriasbrasil.com.br/mg/ouropreto/comprarartesanatoempedrasabao.cfm
http://www.museudainconfidencia.gov.br/interno.php?pg=historico_a_criacao_do_museu_da_inconfidencia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a_Tiradentes_%28Ouro_Preto%29

Fotografia:
Claudia Jak
Maria Mendes
Vera Marques

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